Estava quase pronta, quando entras apressado pela porta, estávamos já atrasados para o jantar que tínhamos combinado. Olhas-me de alto abaixo e dizes sorrindo: -fico pronto num instante! De seguida diriges-te ao chuveiro para tomares um banho, nem me dando tempo de resposta, fico especada no corredor vendo-te desaparecer atrás da porta do quarto de banho.
Ouço a água a correr, a cortina a ser puxada, um corpo a ser molhado... poucos minutos se passaram e já a porta do quarto de banho se abria e tu saias do meio de uma nuvem de vapor húmido, apenas de toalha enrolada à cintura. Um novo encontro no corredor de olhos fixos um no outro... percorro-te os contornos do teu corpo nu com um olhar intenso... aproximo-me e exijo o beijo que não me deste à entrada, um longo, lascivo e molhado beijo de línguas dançantes que ao encontrar-se não conseguem deixar de se devorar, o encontro de duas bocas salivadas que se comem uma à outra. Não resistes e encostas-me à parede do corredor, continuando a explorar a minha boca em movimentos cada vez mais intensos, em que as mãos já não conseguem ficar quietas, deixo cair as sandálias numa das mãos e penduro-me no teu pescoço, as tuas mãos enlaçam-me pela cintura, puxando-me a ti, anseio para que não pares. Sentes as minhas unhas percorrerem os teus braços em movimentos lentos como que a prolongar o beijo, e encontrando-se com as tuas, agarram-se, enlaçam os dedos, e nesse instante as tuas elevam as minhas acima da minha cabeça encostando-as à parede, fico prisioneira voluntária de ti. A toalha solta-se e escorrega pernas abaixo, deixando que sinta, sobre o tecido fino do meu vestido, toda a tesão que emana do teu corpo. Lentamente desces uma das mãos pelos meus braços, enquanto a boca se desloca para o pescoço, em beijos suaves e húmidos até chegar à orelha... a tua língua atrevida penetra dentro do ouvido, e um arrepio percorre-me a espinha, fazendo-me encolher toda entre os teus braços... a mão atrevida continua o seu trajecto descendente e acaricia o tecido envolvente dos seios, apalpando-os. A tua boca desce mais um pouco, e desfaz o laço do lenço de seda preto que tinha amarrado no pescoço, adornando o decote... soltas-te um pouco de mim, olhas-me uma última vez e vendas-me os olhos com o lenço que estava agora abandonado no meu pescoço, sabia que não adiantava tentar recusar, estava à tua mercê, o atraso para o jantar iria ser maior do que o previsto inicialmente... as mãos continuam presas pela tua, a visão foi eliminada, delicias-te na minha boca sumarenta, e com a mão livre corres o fecho do vestido e ele morre aos meus pés, deixando a descoberto a
lingerie negra a condizer com as meias de liga rendadas, o coração descompassa-se, a respiração torna-se mais acentuada, a tua mão livre desliza pelas minhas costas fazendo-me arrepiar a pele, passa lentamente pelo cai-cai, desaperta os colchetes e fá-lo cair em cima do vestido, deixando à mostra os seios nus, excitados de desejo... solta-se um gemido enquanto a tua língua tateia suavemente os bicos endurecidos que se oferecem a ti. Os teus dentes dão ligeiras dentadinhas, derretes-me ao teu toque, fazes-me gemer baixinho... enquanto a tua mão desce e percorre lentamente o interior das minhas coxas, o ritmo cardíaco aumenta a cada sugada tua, o respirar passa a ofegante, a ansiedade de te ter fundido em mim aumenta a cada segundo que me tocas... a tua mão desliza para o meu rabo, apalpa o que lhe pertence, apertas-me contra ti, fazendo-me sentir toda a vontade contida entre as tuas pernas, sussuras-me ao ouvido: quero-te ouvir pedir! E continuas a provocar-me, a tua mão volta ao interior das coxas, arreda ligeiramente o fio dental, e penetra o polegar entre os grandes lábios, roçando o meu canal rosado, a tua boca percorre o meu pescoço mais uma vez, que se rende ao toque, sinto os teus dentes a marcar-me a pele, arqueando-se o corpo em busca de mais ... E desces mais, e beijas-me o corpo todo nessa descida ao encontro do meu mel, que escorre entre as minhas pernas, e nos teus dedos exploradores, que já invadiram a minha gruta molhada ... A tua boca vai aumentado o calor sentido ao beijar os seios, sugando os mamilos mais algumas vezes, descendo suavemente ao umbigo, lambendo-o com a ponta da língua, roças levemente o monte de Vénus, e avanças para os grandes lábios, juntando a língua aos dedos que entravam a saiam de dentro de mim, sentes o odor intenso do desejo que se aumenta a cada toque teu na minha pele, fazes-me gemer sem conseguir parar, continuas a chupar-me, a lamber-me cada vez mais intensamente, saboreando-me, chupando-me, lambendo o liquido que emana das minhas entranhas, a sensação de calor percorre-me o corpo, as pernas tremem, seguras-me pelas ancas, chupas-me despudoradamente o clitóris, sem me deixar respirar... não consigo mais travar o orgasmo que me consome por dentro, quero-te mais que a mim mesma, enfio os dedos entre os teus cabelos, e desejo sentir-te todo dentro de mim... gemo descontroladamente e sibilo que te quero, mas não estás satisfeito, e investes a tua língua pela minha gruta dentro juntamente com um dedo, encharcando-me completamente ao provocares uma nova descarga eléctrica pelo meu corpo todo, e não paras até me arrancares gemidos que se ouvem pela casa toda... de repente, sobes à orelha, retiras-me a venda, seguras-me pela cintura e exiges: repete o que disseste que não percebi! De olhar fixo no teu, imploro: fode-me! Faz-me tua puta!