sábado, 23 de julho de 2011

Realidade ou fantasia?!... o carro

Fecho os olhos e voo para um outro espaço no tempo… tomo-me nos braços e elevo-me no teu colo. Sinto o teu respirar calmo encostado no meu pescoço, que baixinho sussurra palavras de desejo, sinto o passear dos teus dedos pelas curvas do meu corpo nu que lentamente vão semeando arrepios… olho-te nos olhos e vejo a alma nua… e deixo-me ficar quieta e confortável no teu jardim. É calmo, tranquilo... e em silêncio permaneço feliz. Deixo-me guiar pelo instinto e o corpo responde com vontade própria, seguindo por um caminho que ele próprio conhece sem ser preciso ensinamento. Na ponta dos meus dedos permanece a recordação do toque aveludado dos teus beijos na minha pele macia, ansiando vibrar de desejo e paixão. O silêncio invade os corpos que se amam, enquanto as almas se cruzam num caminho desconhecido e quiçá sem volta. Fazes-me sinal, e sento-me no teu colo, sinto o teu desejo por mim, olho-te nos olhos, e eles proclamam um "quero-te!" num desejo profundo de me teres. Sinto-me excitada, com a temperatura a subir cada vez mais, enquanto os teus dedos descem lentamente até sentirem o odor húmido do meu corpo, penetram-me e fazem-me sentir fora de mim, deixando-me louca de tesão. Desaperto-te o fecho das calças e toco delicadamente no teu desejo, faço-o crescer lentamente, numa tortura de entrares em mim, enquanto te beijo a boca, até não teres mais controlo, e em delírio o desejo toma conta de todo o teu corpo que entra no meu, já descontrolado, ansioso de te sentir, contorcendo-se de paixão e volúpia, e naquele momento de loucura a minha alma perde-se para sempre, num abandono a ti. As palavras soltam-se sem medo, sem pudor como uma provocação insana da alma. Quero mais, e mais… todo... dentro de mim. E na mistura dos cheiros, dos toques, das sensações... em êxtase total, os corpos amam-se sem pressa, sem tempo... prolongando intensamente o prazer de se unirem num só. E nesse segundo de desvairo vens-te em mim, e sinto-te meu, e sou tua, apenas e só tua...

3 comentários:

Zenith disse...

Esse controle descontrolado que escreves é tão saboroso...
Beijo

Luna disse...

Zenith
A subtileza das palavras tem os mesmo efeitos que a descaradez frontal das mesmas...

Unknown disse...

Lindooo, adorei mesmo, cada linha que li relembrei momentos que me fizeram arrepiar.

"into o passear dos teus dedos pelas curvas do meu corpo nu que lentamente vão semeando arrepios… olho-te nos olhos e vejo a alma nua… e deixo-me ficar quieta e confortável no teu jardim. É calmo, tranquilo... e em silêncio permaneço feliz. "

beijos linda continua a escrever assim.