O trabalho tinha-nos afastado um do outro algumas semanas, e aproximava-se o nosso aniversário, teríamos que inventar algo para quebrar o afastamento e ao mesmo tempo festejar a nossa união... por motivos profissionais estávamos em cidades diferentes, mas o meio do caminho era quase perfeito para nos encontrarmos durante algumas horas. Depois de um curto telefonema entre nós, combinamos que nos encontraríamos numa estação de serviço a meio do caminho e daí seguiríamos para algum sitio. Fiz um outro telefonema de seguida, e sai às pressas do emprego, já que não tinha muito tempo para estar ao teu lado, depois de tão longa espera. Ao contrário do normal, nem tempo de me arranjar tive, arrumei apenas algumas coisas na carteira enorme que carrego sempre e coloquei-me a caminho ... Corri ao teu encontro, cheia de saudades, ansiosa por estar contigo. A viagem pareceu voar e num instante estava parada no estacionamento das bombas de gasolina combinadas. Olhava o horizonte enquanto te esperava, deixando que a brisa suave do vento de Outono me acariciasse o rosto, soltando alguns cabelos do meu rabo de cavalo... De repente sinto as tuas mãos taparem-me os olhos, e sussurrares: a senhorita espera por alguém?... Peguei nas tuas mãos, e virei-me lentamente, trocamos um beijo... e de olhar malandro perguntaste: onde vamos?... Sorri, e com um olhar misterioso, respondi com uma pergunta: alinhas numa brincadeira?... Os teus olhos já respondiam antes mesmo do teu sim ser pronunciado por palavras. Vira-te!... ordenei, e tu obedeceste. Retirei uma venda da carteira, coloquei-a a tapar os teus olhos e ajudei-te a entrar no carro. Seguimos em direcção ao nosso encontro... Meia hora depois estava a estacionar numa garagem privada de um motel, ajudei-te a sair do carro novamente, tranquei o carro, conduzi-te por uma escada, sentiste abrir uma porta, deste mais uns passos com a minha ajuda, e e ouviste a porta a fechar-se atrás de ti. Ao teu ouvido sussurrei: aguarda-me apenas uns minutos e já te tiro a venda!... Deixei-te no meio de algures de olhos vendados, sentiste de imediato o cheiro a jasmim, que ardia nas velas espalhadas pelo quarto, tocava uma música de fundo envolvente, e por momentos embalaste nas sensações que o escuro nos proporciona... Retirei o fato formal cinzento que trazia, e cobri a lingerie apenas com um roupão de cetim pérola... pelo perfume inalado pelo teu nariz e pelo beijo que te dei no pescoço ao mesmo tempo, sentiste-me e voltaste da pequena viagem que as sombras te provocavam, as minhas mãos encaminhavam-se para te retirar a venda dos olhos, agarraste-as de imediato e disseste: Não, deixa ficar mais um pouco!... Soltaste-me as mãos deixando-as enlaçadas no teu pescoço, deslizaste as tuas pelas minhas costas, chegadas à cintura puxaste-me para ti, senti o teu tesão roçar entre as minhas pernas, a tua boca procurou a minha num beijo apaixonado... não precisavas de ver para me provocares arrepios na pele, humedeceste levemente os lábios com a língua e beijaste-me o pescoço subindo lentamente em direcção à orelha esquerda. Suspirei baixinho, fechei os olhos e abandonei-me à tua boca e aos teus dedos, que tão bem sabiam percorrer cada curva minha, do fundo das costas desceste até ao rabo, seguindo para as coxas, fizeste subir o roupão macio que me cobria o corpo... suavemente a ponta dos teus dedos dirigiram-se ao interior das minhas coxas até ao limite da virilha, encolhi-me de arrepios e ao mesmo tempo de desejo e vontade de te sentir mais perto, de ser tua, mas... as tuas mãos abandonaram o local e voltaram de novo à cintura. Abraçaste-me forte. Sem me largar a cintura livraste-te da venda com a mão esquerda e olhando-me nos meus olhos, disseste: Gosto tanto de ti!... As nossas bocas voltaram a unir-se num beijo longo, lascivo, de línguas entrelaçadas, molhadas pela saliva que crescia dentro das nossas bocas, ao mesmo ritmo que o coração batia e acelerava cada vez mais de desejo e tesão. Pegaste-me ao colo e conduziste-me para junto do mármore aquecido que estava na beira da banheira de hidromassagem, tiraste-me o roupão lentamente analisando cada laço que tinhas de desatar da minha lingerie branca que ainda te impedia de tocar livremente a minha pele... passaste a mão direita aberta levemente pelo rosto, beijei-a levemente, humedeceste novamente os lábios e beijaste-me de novo o pescoço, descendo a língua pelos pedaços de pele descoberta até à cintura... voltando para cima, beijaste-me de novo enquanto a minha mão abria o fecho das tuas calças e soltava o teu membro quente, macio, duro de tesão... a tua boca continuava a beijar-me, descendo ao laço central do soutien, desapertaste-lo com os dentes, libertando os seios de bicos arrebitados que ansiavam pelo toque ávido da tua língua, que não se fez rogada e abocanhou o seio direito, sugando-o fervorosamente, depois passou ao esquerdo, seguravas ambos entre as tuas mãos, juntando-os ao centro, e alternadamente beijavas, lambias, mordiscavas cada um deles... fazendo-me soltar sucessivos gemidos de prazer, a temperatura corporal aumentava a cada minuto consumido pelo nosso desejo... cobrindo-me de beijos, sentaste-me no mármore, ajoelhaste-te e continuaste a tua investida na descida pela barriga, paraste ligeiramente no umbigo e rodeaste-o com a língua molhada... e seguiste, as tuas mãos desapertaram o cinto de ligas preso nas costas, de seguida retiraste uma a uma as molas presas nas meias, e fizeste-o cair no chão, retiraste as meias uma a uma, ao mesmo tempo que me beijavas, morrendo as mesmas ao fundo dos meus pés... voltaste a subir, deixando um rasto de saliva por mim acima, e numa nova investida, os teus dentes desapertaram os laços laterais das minúsculas cuecas de renda, fazendo-as cair ao lado do cinto de ligas... lambeste-me o ventre, e desceste mais um pouco, em lambidas leves e atrevidas fizeste-me encolher de desejo, e humedecer ainda mais de ansiedade de sentir a tua língua quente, molhada... desceste a língua de uma só vez pelo meio dos grandes lábios que cobrem o clítoris, centraste-te no centro e lambeste o mel que escorria de mim, uma e outra vez sofregamente, sem me dar tréguas, agarravas as minhas nádegas com a força de quem me queria possuir até ao infinito, tremia, enfiava os dedos entre os teus cabelos e tentava controlar o impossível... estava a perder a forças de tamanha invasão ao meu ser, o suor brotava em pequenas gotas pelo meu corpo, que se contorcia a cada intensa sugada da minha gruta pela tua boca quente e gulosamente deleitada pelo manjar que estava a consumir... penetrando-me vezes sem conta a tua língua tentava chegar mais dentro, e eu tremia cada vez mais, sentias o pulsar do meu coração na tua boca, a minha respiração denotava o meu descontrolo, e abandono final aos espasmos que me percorriam o corpo, da minha boca soltaram-se palavras inaudíveis entre os gemidos de um orgasmo como só tu sabias fazer...
Voltaste à minha boca, deste-me a provar o meu sabor, levantaste-te, arrancaste a roupa que trazias vestida, pegaste-me de novo ao colo e levaste-me para dentro da banheira de água morna e borbulhante... a minha boca pretendia possuir a tua infinitamente, as mãos já não conseguiam parar de explorar os corpos que, na urgência do desejo de se possuírem, se agarravam, apalpavam, davas-me palmadas no rabo, e dizias palavras indecentes no meu ouvido, queria-te dentro de mim, queria sentir esse membro duro que agarrava com uma das mãos dentro do meu ser, queria... desejava-te acima de qualquer coisa naquele momento, e repentinamente viraste-me de costas para ti, encostaste-me à borda da banheira e trespassaste-me de uma só vez como uma espada que penetra a carne, fazendo-me gritar num misto de prazer e dor... uma mão desceu ao clítoris enquanto a outra apertava o seio esquerdo, sentindo o mamilo endurecido de tesão... gemia a cada estocada tua, sentindo-te a entrar e a sair de dentro de mim, e entravas e saias, e entravas e saias, aumentando o ritmo de cada vez que voltavas a entrar dentro de mim... o calor que me invadia era de uma intensidade que não conseguia mais controlar o aproximar de um novo climax... a tua mão apertava-me contra ti com a intensidade brutal do descontrole que se aproximava, e entre gemidos sibilei: não pares agora!... E ardentemente continuaste até não termos mais força, e ambos nos acabarmos, inundados de suor, em gemidos sôfregos numa explosão única...
Minha querida Orquídea aqui está o prometido, o encontro perfeito, que muitas vezes resulta do improviso...
18 comentários:
Passei por aqui só para desejar uma noite Boa! Beijos:))
Lourenzo,
Um boa noite também para ti! :-)
Beijos
Breath taking!!!
Beijos ;)
Deliciosamente saboroso,posso sentir e viver cada detalhe deste encontro perfeito, enquanto lia fechava meus olhos e me permitia viver esta maravilha, adorei parabéns!
Uma bela noite intensa.
Beijos Intensos
Adorei! Deveras excitante, bela maneira de começar a semana. Ficamos com ideias bem quentes...
Ana
http://er0tika69.blogspot.com
Aiiiiiii que post maravilhoso!
Beijos prometidos
Parabéns pelo blogue... fabuloso!
bjs
Black Angel
Obrigado! :)
Beijos
Mulher intensa,
O melhor dos elogios quando alguém diz sentir o que escrevemos.
Obrigado!
Beijos
Sexy Couple,
Ainda bem que ajudei...
;)
Beijo
Desire,
Muito obrigado! :-)
Beijos
scriptum privatum,
Sê bem vinda!
Obrigado pelo elogio ao meu blog!
Beijos
Tu não escreves, tu descreves e deixa-nos ver o que está além das palavras... teus/nossos prazeres.
Beijos.Me
Consegue-se quase sentir
Beijo
Me
Intensa troca de sabores que alimentam a mente neste teu regresso aos contos, detalhes e pequenos pormenores bem conseguidos no meio de um jogo a duas mãos.
Uma viagem sem pressas saída da tua imaginação onde o ser feminino inicia como dominadora mas termina submissa. Uma aventura que mexe com os sentidos, o cheiro, o toque, o sabor, numa união deliciosa. Gostei de ler.
Beijo(TE)
O Santo Diabinho
http://desejosescaldantes.blogspot.com/
M,
Se não usarmos a escrita para fazer viajar, para penentrar uma alma que a leia, de que adiantam as palavras!?...
Gostei que gostassses! :)
Beijos
Cat,
É um elogio para ficar babada! :)
Eu, e as imagens transformadas em palavras...
Beijos
Santo,
Welcome back, já tinha saudades de te ver a cirandar por aqui...
Um jogo a duas mãos, quando feito numa ligação pura pode ser um prazer imenso... mas isso só vale quando te dás por inteiro, sem máscaras, sem reservas, e recebes na mesma medida...
Mexer com os sentidos, haverá coisa melhor??? tu melhor que ninguém sabe do que falo! ;)
Beijos
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