Era chegado o dia combinado, naquele bar à meia luz, onde a
música era suave e envolvente. Tinha corrido do emprego, tomado um banho rápido, sem esquecer uma leve massagem com creme para acetinar a pele, deixando-a com uma leve fragância a abacate, detrás da orelha e entre os seios o habitual perfume a rosas brancas selvagens... os cabelos, resolvi apanha-los num sensual rabo de cavalo, ficando a rosto totalmente a descoberto. Eram tantas as frases que me circulavam na cabeça, pelas tantas conversas por chat, sem saber muito bem como me iria comportar, afinal conhecia a voz, conhecia a figura por fotografia, mas nunca sentira a energia da presença. A distância, um impedimento que nos mantinha afastados até ao momento foi anulado por uma viagem profissional tua inesperada... e estava já à porta do bar, quando o telefone tocou...
- Já cheguei! informava aquela voz tão conhecida dos seus ouvidos.
- Onde estás? perguntei eu.
- Mesmo à porta do bar! virei-me no banco do carro, e olhei na tua direcção.
- Já vou ter contigo! respondi nervosa.
Sai do carro, e dirigi-me a ti. Olhava para ti ao mesmo tempo que os meus passos engoliam a distância entre nós. Deslizava lentamente o meu olhar pelo teu semblante de baixo para cima, e parando no teu olhar sorri. Ao aproximar-me de ti, deite-te um beijo na face esquerda e pretendia dar-te outro na outra face, mas ao roçar os meus lábios nos teus foi impossível prosseguir, e as nossas bocas uniram-se num beijo quente, profundo, molhado, carregado de desejo. Os nossos corpos encaixavam-se um no outro como um só, unidos pela bocas que continuam a devorar-se sem conseguir parar. E pelo meio de beijos, e mais beijos, ouvi-te sussurrar baixinho:
- Não te quero largar mais!
E nesse momento as bocas largaram-se para que os corpos se abraçassem fortemente, como desejando fundir-se. Olhaste-me nos olhos e disseste:
- Vamos para outro sitio, ou apetece-te entrar?
- Não... vamos...
De mãos dadas seguimos em direcção ao teu carro, deixando o meu abandonado no estacionamento. Não conseguia para de te olhar enquanto conduzias. A distância parecia longa, mas os minutos pareciam deslizar à mesma velocidade com que a minha mão pousou na tua mão em cima da manete, e lentamente acariciei-a sempre a olhar-te fixamente, comecei a subir a ponta dos dedos suavemente pelo braço. Subi ao ombro, e chegando mais perto do ti, deslizei a mão pela abertura que a mesma tinha no peito, sentindo a maciez da tua pele... circundei os mamilos, desci lentamente ao meio da barriga e voltei para cima, retirando a mão, passando-a para fora do tecido meio acetinado, deslizei até ao cinto, senti o teu desejo mesmo pelo tecido das calças, abri o fecho e metendo a mão senti o teu pulsar na minha mão, e foi nesse instante que fizeste um desvio do carro para fora da estrada, e paraste o carro. Olhaste-me nos olhos, e disseste:
- quero-te minha agora!
E de seguida a tua língua invadia a minha boca com toda a tesão que podia sentir na minha mão, e que eu acariciava num movimento de baixo para cima, de cima para baixo. As tuas mãos subiam pelas minhas pernas descobertas pelo vestido leve e solto de verão, e sem pudor palmilharam os centimetros do joelho até ao fio dental de renda branco que me deixava as nádegas a descoberto. E sem pudor algum, invadiram-me os lábios internos bem no centro das pernas, fazendo-me estremecer. Passa para o banco de trás, ordenaste. E já deitada no banco de trás, foi a vez da tua língua abandonar a boca, e iniciar a viagem esperada desde o primeiro instante, aquela que a nossa imaginação já tinha percorrido vezes sem conta... subiste um pouco ao ouvido direito e lambeste o interior do lóbulo, fechei os olhos, deixando-me totalmente à tua mercê, arrepiando-me por inteiro, encolhia a barriga, a respiração tornava-se mais ofegante, e lentamente foste descendo até aos seios, apertando-os nas tuas mãos, lambendo-os, apalpando-os, sugando-os fervorosamente, mordiscando os bicos entesados, enquanto eu gemia baixinho de prazer... quanto mais gemia, mais vontade parecia teres em os devorar, alternando o ritmo mais calmo com um mais selvagem, deixando totalmente rendida a ti, e sem fôlego. Ao mesmo tempo, uma das tuas mãos abandonou o seio direito e avançou em direcção ao meio das minhas pernas, penetraste lentamente para o interior das cuecas e iniciaste uma caricia lenta centrada no clitóris, os gemidos aumentaram de volume, queria mais, e mais... os teus dedos começaram a ficar escorregadios entre os grandes lábios, penetraste-me com um dedo, primeiro lentamente, depois mais rápido, contorcia-me em gemidos de prazer, estava a ensandecer, queria-te dentro de mim... adivinhaste-me o pensamento e desceste dando beijinhos pela barriga, rodeando o umbigo, continuaste a deixar arrepios pelo ventre, ansiava a tua boca molhada entre as minha pernas, e não me fizeste esperar, ainda com um dedo dentro de mim, iniciaste lambidas ritmadas ao clitóris, e lambeste, lambeste, lambeste... sentia-me cada vez mais húmida, o teu dedo entrava e saia cada vez mais rápido e húmido, e a tua língua não me dava tréguas, e desceu ligeiramente à entrada da gruta, mordiscou o clitóris, e esticada penetrou na minha gruta molhada que escorria de humidade. Sentia-me sem forças para resistir à onda de calor que me invadia, para parar o tremor nas pernas, os gemidos que me saiam da boca sem os conseguir controlar, encolhia a ponta dos dedos contra a porta do carro, e tu continuavas deleitado no meu mel, estavas louco de tesão, sentia-o nos teus olhos quando me olhavas, das poucas vezes que abria os olhos. Gemia sem parar, sentia o orgasmo invadir-me com toda a força com que me devoravas. Era tua, estava entregue nas tuas mãos, à tua boca, à tua língua que me invadia sem permissão, queria sentir-te em mim... e foi aí que subiste por mim acima, lambendo o caminho do ventre à boca, e enterraste-o dentro de mim, prolongando a ansiedade por um novo orgasmo. Sentia-me completamente invadida por ti, sussurrava no teu ouvido: - não pares agora! - ao mesmo tempo que sentia cada estocada tua bem no fundo das minhas entranhas. E de repente, agarras-me contra ti, e mudas a posição, sentando-me em cima de ti, dizes: - quero que te venhas em cima de mim!. Virada para ti, abocanhavas-me as mamas, como se as quisesses engolir por inteiro, e eu cavalgava-te loucamente, sentindo o teu membro quente, duro a sair e a entrar de dentro da minha gruta toda encharcada. Sim, era tua, queria sentir-te meu, todo meu, como se o mundo acabasse naquele momento em que nos possuíamos selvaticamente. Em que os corpos respondiam sozinhos aos espasmos sentidos por ambos. Os corpos contraiam-se um contra o outro, os olhos reviravam, e o mundo por momentos deixou de existir... e no final, ficamos assim, no colo um do outro sentindo aquela paz que nos invade cada poro do corpo e da alma... de olhar brilhante, de dedos entrelaçados, sentindo apenas o silêncio da noite de um céu estrelado e lua cheia...