Tínhamos combinado um encontro longe de tudo, para uma comemoração só nossa, tinhas-me prometido um gozo só meu, ao teu estilo. Assim foi, à hora marcada vesti umas calças justas com botões à frente, e uma camisa também ela de botões. Combinamos num qualquer estacionamento perdido algures nos arredores da cidade. Como sempre fui a primeira a chegar, estava deserto, e logo de seguida tu chegavas com um ar descontraído, vestindo umas calças xadrez e uma sweat a condizer. Saíste do carro e como é habitual abraçaste-me como se me fosses esmagar. Senti o teu perfume, o meu favorito... E de rompante viras-te para mim: - no teu carro ou no meu? Respondi que podia ser no teu, tinha mais espaço, embora não soubesse muito bem o que essa cabeça tinha preparado para me oferecer, afinal seria apenas um aperitivo. Olhaste para mim, e disseste que estava linda como sempre, e com aquele ar de quem quer aprontar alguma concluiste: -tinhas que vestir calças, justas e ainda por cima com botões?!... Olhei-te com olhar maroto, e sorri apenas. Entramos no teu carro. Sentamos nos bancos da frente e olhamos um para o outro, o tempo escasseava, havia festa à noite e estavam pessoas à espera, tínhamos os minutos contados... E por momentos, que pareceram eternos, o mundo desapareceu, fiquei presa nesse teu olhar cor de mel esverdeado que lentamente se tornava mais verde pela felicidade que sentias ao estarmos ali, ou pelo que te passava pela cabeça fazer. Adivinhava-se algo completamente delicioso, e torturante... sabias como me deixar louca de prazer... e de repente, puxas-me para o teu colo, e unimos as nossas bocas num beijo, curto, tímido, mas ansioso por não pararmos mais... e no segundo seguinte as tuas mãos já subiam pelas minhas costas acima debaixo da camisa, enquanto a tua língua sugava avidamente a minha num beijo prolongado, sôfrego, molhado pela saliva que nos inundava as bocas sedentas de desejo. As minhas mãos desciam as tuas costas lentamente, e procuravam o contacto da tua pele, quente, macia... movimentavam-se em direcção ao fecho central das tuas calças, mas agarraste-as e disseste: - não! E viraste-me de costas para ti, acrescentando: - disse-te que seria algo diferente, apenas para ti, aguenta, e obedece! Torturavas-me como eu previra, impossibilitando de chegar onde queria, mas resignada, deixei que as tuas mãos voltassem à exploração do meu corpo, que se contorcia cada vez mais ao teu toque, humedecendo completamente. A tua boca fazia paragem nos meus ouvidos sussurrando as palavras que me deixavam ainda mais alucinada por te tocar. O meu corpo pedia o teu, e as tuas mãos aumentavam ainda mais o desejo, uma agarrava suavemente um seio, enquanto a outra desapertava os botões das calças e penetrava para dentro das cuecas de renda pretas. A tua boca possuía a minha numa dança de línguas sem respirar, quase me impedindo de gemer... os teus dedos acariciavam-me com a mestria de quem conhecia o terreno, agora inundado de humidade, e escorregavam lentamente para dentro de mim, fazendo-me gemer de prazer, e voltavam a sair, e voltavam a entrar, e a sair, e a entrar, e a sair, e a entrar... aumentando cada vez mais o ritmo, de uma forma quase selvagem... fazendo-me vir várias vezes na tua mão. Todo o meu corpo tremia, se contraia num orgasmo enlouquecido, e da minha boa saiam gritos de prazer, numa vontade irresistível de te possuir, desejando que não parasses mais... E quando já estava satisfeita paraste, tiraste a mão, lambeste os dedos e disseste: - Sabes tão bem!... Hummm... Cheiras tão bem!... Sentada ainda no teu colo, sentia o teu desejo aprisionado dentro das calças, mas olhaste para mim, e disseste: - Só mais logo!...